Você acha que é papel da polícia militar fiscalizar o artesanato nas ruas?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

aumentando o próprio salário

Os senadores do Brasil estão feliz da vida, cantando Noel Rosa e Adoniran Barbosa em pleno trabalho. Também , depois de reajustar o próprio salário em 62%, quem é que não sairia cantando por aí? Agora, os figurões de Brasília vão receber R$ 26,7 mil, fora o monte de extras e regalias que nós damos de gorjetas para esses pobres coitados.

Ridículo, vai cantar em casa; além de pagar essa fortuna pra esses gananciosos egoístas, ainda temos que ouvir políticos estragando a arte do povo. Pobre Noel, Adoniran, quando achavam que tinham se livrado deles...

Kassab quer aumentar ônibus

A Secretaria de Transportes chegou em um valor para a tarifa de ônibus que deverá ser reajustada em Janeiro. O último reajuste foi no início desse ano, agora a proposta é de aumentar em 11% o atual valor de R$ 2,70. Isto representa mais que o dobro da inflação (5%). A Secretaria do Planejamento ainda está analisando se realmente será feito o reajuste com esse valor (R$ 3,00)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Quando passa o caminhão de lixo

A concessionária responsável pela coleta de lixo, agora é obrigada por lei a comunicar aos munícipes o horário da coleta, evitando assim aquele monte de lixo dormindo nas calçadas, enchendo as ruas de baratas, ratos, entupindo os bueiros e até produzindo doenças para a população.


                                                      

                                             

cartaz de pornografia só de lado de dentro

O prefeito Kassab fez um decreto proibindo a exposição de cartazes de conteúdo erótico/pornográfico na entrada de teatros e cinemas. Só poderão ser exibidos dois metro no interior do estabelecimento.




leitos reservados para dependentes químicos

Foi aprovada uma lei na cidade de São Paulo que obriga os hospitais a criarem alas para tratamento de dependentes químicos. O prejeto de lei é de 2002 e é de autoria do vereador Celso Jatene.





novo corregedor da Câmara Municipal

Aquele que terá que investigar qualquer quebra de decoro parlamentar dos vereadores não é mais Wadih Mutran, já há cinco anos no cargo. Agora , Marco Aurélio Cunha assumirá.



eleito novo presidente da Câmara Municipal

O novo presidente da Câmara de São Paulo é o vereador José Police Neto (PSDB)



Brasil condenado por mortes no Araguaia


A Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA condenou o Brasil pelo desaparecimento de 62 militantes  políticos na guerrilha do Araguaia entre 72 e 74 na região de Tocantins. Ainda tem mais, a lei de anistia do Brasil foi considerada pela mesma, como incompatível com os direitos humanos, já que o país tem dificultado as investigações que, obviamente irão responsabilizar militares da ditadura. Existem compromissos a favor dos direitos humanos que são reconhecidos pela OEA e pelo próprio Brasil, mas o país não está honrando.


A corte divulgou um comunicado dizendo ter concluído que o Brasil é responsável pela violação do direito à integridade pessoal dos familiares das vítimas pela falta de investigação dos fatos e o sofrimento que essa negligência ocasionou.


Kassab é acusado de rombo de 90 milhões!

O projeto Operação Urbana Faria Lima aparentemente foi usado para abrir um rombo de 90 mihões de reais nos cofres públicos. Segundo vereador Aurélio Miguel, existem documentos que provam esse prejuízo e serão usados contra o Prefeito Kassab no Ministério Público. O Vereador entrou com uma representação ontem acusando o prefeito de improbidade administrativa (desonestidade).





Bingo quer voltar pra legalidade

Em regime de urgência, voi votado ontem na Câmara Municipal, um projeto de lei que legalizasse o bingo. A proposta seria de levar 17% da receita das casas de jogo para que a saúde recebesse 20%, a cultura 1% e esportes 1%. Além de uma taxa de R$20 mil mensal. NEGADO! Urgentemente votado contra.




Maluf é condenado, mas a justiça libera!

Mesmo após ser condenado pelo Tribunal de Justiça por superfaturar compra de frangos, esse mesmo tribunal teve a coragem de anular a condenação e liberar para assumir como deputado esse ano Paulo Maluf. Se até esse aí passou pela tal ficha limpa, parece que o que está condenada é a política na cidade. Agora tão querendo diplomar o ex-condenado na sexta-feira.





terça-feira, 7 de dezembro de 2010

repressão em dose dupla

Sábado passado começou com a repressão da moda (P.M) logo cedo pela manhã e na parte da tarde o bom e velho rapa voltou pra feirinha da teodoro como um rolo comprenssor, não deixando ninguém na área de trabalho da galera. Dessa vez não teve brecha nenhuma, o dia todo sem arte na rua. Pobreza total para os artesãos.
                                                              perua do rapa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

enquanto houver autoridade, não haverá liberdade

  "Um pequeno ladrão é colocado na cadeia. Um grande bandido torna-se o governante de uma nação" Diógenes de Sínope
Muitos acham que anarquia e caos são sinônimos. Grande erro. Provavelmente uma forma de convencer as pessoas a continuar sendo obedientes. Isso é exatamente o que os poderosos imperialistas fazem : convencem! É, por outro lado, exatamente o que o anarquismo combate. Essa coerção, esse uso de pressão e força para submeter o povo a todos os tipos de ordens, leis e costumes que são enfiados goela abaixo sem qualquer proposta de diálogo entre as partes envolvidas.
“Toda a posição do anarquismo é completamente diferente de qualquer outro movimento socialista autoritário. Ela tolera variações e rejeita a ideia de gurus políticos ou religiosos. Não existe um profeta fundador a quem todos devam seguir. Os anarquistas respeitam seus mestres, mas não os reverenciam, e o que distingue qualquer boa compilação que pretenda representar o pensamento anarquista é a liberdade doutrinária com que os autores desenvolveram idéias próprias de forma original e desinibida."  George Woodcock.
Outro erro comum, é pensar que o egoísmo é base para o anarquismo, muito pelo contrário, o mais importante na sociedade deve ser a solidariedade, só assim todo indivíduo que faz parte dessa sociedade pode conseguir combater o poder de coerção do Estado ou do Capital. 
                                                            COERÇÃO NÃO!
                                                                          

...e o abaixo assinado continua...agora pela internet !

Agora podemos também colaborar com o abaixo assinado pela internet: acesse o site http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoAssinar.aspx?pi=P2010N4134 e assine virtualmente, porque o artesanato já faz parte web.


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

mais um sábado cinza, apesar do sol


Nesse dia da consciência negra, pra variar aquele bando de farda cinza com cinza (combinação interessante) estava lá na calçada do artesanato atrapalhando nossa vida, pois não podemos trabalhar. Atrapalhando a vida dos turistas que vieram de longe só para passear na Feirinha da Teodoro, mas ali não havia nada além de uma manifestação anti-repressão. Com o show do Paul McCartney acontecendo no dia seguinte, muita gente do Brasil inteiro teve a oportunidade de verificar o modo como a prefeitura da maior cidade do país trata a arte nas ruas (vexame total).

 Nunca foi tão fácil recolher assinatura como foi nesse sábado, devido a imensa indignação do povo. Até europeu participou do abaixo assinado. Esse absurdo está ficando internacionalmente conhecido, valeu, Ka ss ab!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bar da meia noite

Lá pelas sete da manhã, o carro chegou fazendo um barulho estranho e bem alto, acordando a galera que estava na sala. Todo mundo acabou dormindo depois de tanto trabalho, se amontoando nos dois sofás, no tapete e numas almofadas que estavam por ali.
Com todo aquele negócio de ter que ficar trabalhando até de madrugada, o pessoal já estava se achando em casa. A casa era do patrão, ele saiu de férias e deixou a chave com eles. Todos os dias se encontravam no bar onde tocava a banda de um dos integrantes do grupo de trabalho. A banda só se apresentava aos sábados por volta da meia noite.


 Um som muito rápido e pesado que deixava a rapaziada locona e pronta pra balada que rolava no subsolo depois que o bar fechava as portas. Era uma balada deles, não era aberta para o público.


A galera sempre ia numa feirinha de rua, ou melhor, calçada para tomar umas e tirar um lazer com idéas que fossem diferentes de trabalho, afinal quase todos se viam e se falavam praticamente todos os dias. Depois de muita cerveja conversa, iam seguindo o movimento até a hora do bar da meia noite, já que a feirinha também rola de sábado. Já faz um tempo que eles não aparecem por ali, um monte de polícia militar tem frequentado a feira e o povo não gosta de locais cheio de P.M, né?

 De qualquer forma, hoje não é sábado, não tem feirinha e o carro já foi silenciado e agora o estranho ronco do motor daquele Dodge velho todo enferrujado foi substituído por um rastaman denunciando "...but this is the rat race", era o bom e velho Bob Marley abrindo caminho pro punk rock que a gente ouve hoje em dia descendo as ladeiras com as pranchinhas de quatro rodas.


Assim que é bom começar o dia.
Logo que a música tomou conta do ambiente, já começaram a se aprontar para sair, afinal se acordaram, o dia tem que ser aproveitado.
Carlos tava de bike, então foi com seu parceiro de pedalada dar uma volta na cidade. Decidiram que iam pro lado do centro, ali sempre ficava o resto dos que estavam curtindo durante a noite. Já era umas nove horas, mas o pessoal não parecia querer saber de ir embora. Aqueles que ficaram provavelmente iriam continuar no segundo tempo.
-pra começar, a gente podia ir tomar um caldo de cana e comer uns pasteis na feira da Roosevelt.


Sugestão aceita, foram os dois para lá e encheram a barriga com alto teor de gordura e açúcar, o que deve ser suficiente para encarar esse feriado.
- O cara ali falou que vai rolar um som na casa do Pitu logo mais, tá a fim?
-Tá certo, vamos só passar lá no bar que eu deixei uma coisa na bolsa da guitarra.
- A guitarra tá lá?
- ensaiei anteontem e já larguei por ali pra amanhã. A gente encontra o Pitu na casa dele mais tarde.
Depois de dois pasteis e meio litro de caldo de cana, foi um tanto quanto cansativo a pedalada até o bar, mas  chegando lá eles deram um tempo, fizeram a digestão e foram para onde a muvuca já estava estabelecida. A casa do cara fica bem perto do bar, então deixaram as rodas e foram na caminhada. Quando tem som na casa do Pitu, o melhor é ir sem veículos e preparado para voltar de manhã daquele modelo. O irmão dele trabalha numa distribuidora de bebidas. Os dois são gêmeos e têm vinte e oito anos. Quando tinham quinze, fizeram um churrasco regado a litros e litros de caipirinha. Nessa época, o tio deles tinha acabado de abrir essa distribuidora e os irmãos pegaram uma caixa duma cachaça que ninguém conhecia. Depois que todo mundo já tinha se acabado de tanta manguaça, seu novo nome ficou sendo "Pitu", em homenagem à bebida do churrasco.

Os dois já haviam andado uns dez minutos quando viram três caras correndo em direção a eles com as roupas meio rasgadas, parecia que estava saindo fumaça de todos eles, um já não tinha mais camiseta e a cara preta de carvão. Assim que se encontraram, ficaram sem conseguir explicar direito o estado em que se encontravam, pois não conseguiam falar muito bem, estavam rouquíssimos. Depois de tomar um pouco de ar, um deles reconheceu Carlos do bar e explicou que a casa do Pitu havia pegado fogo.
-Algum idiota tentou acender a churrasqueira com querosene e largou a lata ali perto. 
Até aí, tudo bem, o problema é que derrubaram a churrasqueira que já caiu em cima da lata e espalhou querosene com fogo pelo quintal cheio de caixas de cachaça amontoada, prontas pro catador de papelão que passava lá uma vez por semana pegar. Já dá pra imaginar a fogueira que se formou por ali. O quintal fica entre a casa e a edícula onde fica a oficina da irmã do Pitu. Ela faz velas artesanais e vende numas lojinhas do centro. A churrasqueira estava numa área coberta da edícula, praticamente dentro da oficina. O fogo encontrou por ali em busca de mais combustível para alimentá-lo e encontrou um monte de parafina pedindo pra derreter.
-Vamos lá ajudar a galera, deve estar um inferno aquilo.
-Olha lá, até o bombeiro teve que aparecer, a coisa deve ter ficado feia mesmo, vamos lá!
Foi só dobrar a esquina que chegaram na rua , a casa era a terceira à direita. Estava um tumulto geral na rua, cheio de curioso olhando sem fazer nada para ajudar e torcendo para que aquele momento de tragédia quebrasse a monotonia que eram suas vidas vazias e tediosas.  
Assim que o caminhão entrou na rua, o bando de urubu abriu espaço e os bombeiros já foram logo tacando água pra todo lado. Dava até pra ver o fogo subindo no telhado quando a chuvarada artificial conseguiu, depois de uma meia hora, extinguir as labaredas. Ficou apenas uma fumaça terrível, um calor que não dava pra chegar perto. Se encontraram com Pitu, ele estava sentado na sarjeta com uma garrafa de vodka já pela metade, inconformado com tudo aquilo.
Agora, tudo que eles podiam fazer era esperar todos irem embora e começar a arrumar a casa. Já estava bem tarde quando começaram a limpar aquele desastre. havia muita gente pra ajudar, chegando mais a todo momento. A rua ficou tomada de voluntários e a festa foi transferida pro espaço público que ganhou umas duas churrasqueiras, vários barris cheios de gelo e água  prontos pra deixar bem geladas um monte de latinhas de cerveja arrecadado como parte do mutirão de reconstrução da casa do Pitu. Todos os instrumentos e equipamentos em geral pro som que estava prestes a começar junto com o churrasco continuavam por ali, então a galera já foi se posicionando em seus devidos lugares e conectando os cabos que o rock n' roll que vai rolar aqui vai direto. 
-Vai lá  em baixo falar pro Caio pegar o baixo e subir aqui logo que a banda dele já quer entrar.
-Tá certo, vou só passar no Chicão pra resolver aquela parada lá
-Não viaja, muleque, então deixa quieto que eu vou, tá tudo pronto já, vamos começar isso logo.
Foi quando Caio já apareceu com o baixo e foi atacando com uma funkeira nervosa pra animar aquela noite sinistra. A banda (Obrigado, não!) tinha mais uma guitarra, uma flauta transversal estilo Ian Anderson e uma batera de por qualquer vagabundo pra dançar. Começaram a detonar e logo já aglomerou a galera, todo mundo dançando, comendo e bebendo.
-Assim que devia ser em qualquer lugar. Se for tocar nas calçadas é provável que seja algemado e tenha seu equipamento confiscado. Esse prefeito vem proibindo arte de rua, agora. 
-Tá brincando! Que passa na cabeça de uma pessoa pra proibir arte. Ainda mais numa cidade cheia de podridão como a nossa. Aqui e agora pode tudo, a banda do Carlos vai tocar logo mais, vamo invadir o palco e tocar também, chega aí.
Ninguém tinha percebido, mas quatro quarteirões dali já estavam a caminho algumas viaturas policiais já preparados para acabar com aquela festa trágica cheia de gente bebendo, música alta e coisa e tal. Eles tinham um informante dentro do evento se comunicando ao vivo com as viaturas. O que eles não sabiam é que a galera tinha olheiros em toda redondeza com walkie-talkies ouvindo, inclusive toda conversa da polícia com o tal informante, que essa hora estava amarrado numa cadeira dentro da antiga casa abandonada da rua de baixo. Largaram ele por ali com mordaça e vendas com um som ligado razoavelmente alto tocando qualquer porcaria que o radio estivesse transmitindo.
A Polícia chegou, a banda continuou tocando, um pessoal foi até eles, descobriram que foi denunciado o barulho e não seria possível continuar com aquilo. Frente à situação imposta pelas autoridades, tudo foi desligado e todo mundo foi embora.
Duas horas depois, uma galera desceu até a casa abandonada pra questionar o traidor que estava dando a letra para a polícia.
-Então, safado, tô ligado quem tu é. Que merda que tu tava fazendo com os polícia? 
-Tu vai ter que me matar, senão te mato mais tarde.
-dá essa merda aqui - gritou Chicão, pegando uma machadinha que ele deixara na casa semana passada - me dá aquele caixote. Então, vai perder uns dedos até falar o bagulho, entendeu?
-Tenho nada pra ti - retrucou o informante cuspindo na cara do Chicão e rindo pra todo mundo.
-AAAAAHHHH!!!!!!Filho da puta!!!!!!AAAhh!!!!!Foi o Tenório, ele tá querendo a sua área pro filho dele comandar.
Chicão tirou uma pistola da cintura , deu um tiro na cabeça do idiota e saiu andando. Pegou o celular, chamou a rapaziada para uma reunião na casa dele imediatamente. Enquanto isso, o resto da turma dava um jeito de sumir com o corpo o mais rápido possível. Tacaram no porta-malas do carro do Contador, o Marinho pegou a moto e os dois foram pro mirante e esconderam o carro com um monte de pedaço de árvore da área e voltaram pra reunião. Chegando lá, todos os membros da empresa estavam presente. Eles se dividiram uns anos atrás, indo um terço pro sul, outro ficou ali no centro e outro na zona oeste da cidade, então eles começaram a ganhar muito mais dinheiro e problemas. Chicão é um dos fundadores e sempre se referia a aquilo (na época era apenas uma maneira que os três encontram de ganhar dinheiro) como "empresa", então hoje todo mundo fala desse jeito.
-Já tá toda a macacada reunida, vamo começar essa parada. Vocês sabem que aqui no centro a gente ficou no meio de dois bando de safado; um deles, o do Tenório, resolveu começar uma treta. Dessa vez eu não quero deixar nada pra esses filhos da puta se levantar depois, vamo acabar com esses cara pra sempre. Cada região vai voltar pro seu abrigo , reunir os canhão e voltar pra cá depois de amanhã às duas da manhã pra gente já começar.
-Então é isso memo, vamo reinar nessa cidade que é nossa.
Terminado tudo, cada terço da empresa foi pro seu devido lugar tomar as providências necessárias, afinal eles iriam precisar de muitas armas e em dois dias fica difícil comprar tanto poder de fogo suficiente pra não deixar ninguém desarmado no conflito.




Já estavam abrindo o Bar às nove esta noite. Matias, o dono do estabelecimento, achou que seria interessante fazer uma festa de arrecadação para a casa do Pitu, afinal todos gostavam de curtir sempre que rolava a barulheira que ele costumava fazer naquela casa velha. Carlos já estava a caminho com a galera da ONG, sempre fiel a qualquer coisa que envolvesse o aquele bar ou os Libertários, a banda do Carlos. Já que haverá uma vaquinha pro Pitu, todos fizeram questão de convidar (obrigar) todos os conhecidos pra festa porque ficar sem a casa do barulho não dá. O Pessoal quer arrumar rapidinho o destruição causada pelo fogo e começar a tocar logo.
Outra banda que gosta do Bar e já está chegando é a do Caio, Obrigado,não! Na verdade, as duas tem muito em comum, já que seus respectivos fundadores começaram juntos há dez anos atrás, tocando nos festivais de faculdade. O terceiro integrante do grupo, infelizmente sofreu um terrível acidente de para-quedas.


 Esse cara era um pouco exagerado com a dosagem de adrenalina diária. Além de tocar, gostava mesmo era de experiências extremamente radicais, tipo pular do prédio com para-quedas, aliás tudo que fosse relacionado a voar (principalmente se não tivesse motor ou asas envolvidos) era com ele mesmo. O dia de sua morte, não foi diferente até quase no final. Bruno resolveu que ia fazer o pulo. Se tratava de um salto a dois mil metros de altitude de bermuda e meia. Seu companheiro de loucuras, pularia em seguida, filmando tudo. Bruno pularia sem equipamento algum, dependendo exclusivamente do para-quedas de Jonas para sua freada antes de se esborrachar no chão. Bem, os dois pularam, um de frente pro outro, descendo a mais de 100km/h, com os braços bem abertos para não acelerar muito, Jonas olhou para Bruno, deu o sinal combinado para que eles se juntassem de maneira que se abraçariam e Jonas puxaria o para-quedas. Porém, Bruno, com um sorriso de orelha a orelha, foi se afastando de Jonas com uma decisão no olhar que deixou Jonas arrepiado sem saber como fazer para pegar o companheiro que se distanciava cada vez mais da única possibilidade de desacelerar.


 "Acho que não tinha mais o que ser feito para que ele pudesse sentir o barato, aquela queda era o grau máximo de prazer que ele só poderia sentir se fosse até o fim, aquilo não poderia ser parado." Palavras de Jonas na sua entrevista dada para tentar explicar o ocorrido. Segundo ele até hoje sonha com o momento que teve que decidir puxar o para-quedas e se separar do cara que representava tudo  na vida dele desde que eram crianças. Cresceram como irmãos, Jonas nunca teve pais ou qualquer parente que fosse, então os pais de Bruno adotou Jonas quando ele tinha 10 anos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

...e o artesanato na feirinha da teodoro?

A situação tá feia pro nosso lado, mas vamos ficar naquela calçada todo sábado para todo o sempre com ou sem P.M. Fomos à Câmara hoje tentar alguma coisa, mas saímos sem saber de nada, porém temos esperanças de que a parte política consiga pelo menos um arrego para esse final de semana (consciência negra).
A população, incluindo os políticos e os fiscais, gosta de passear, curtir um fim de semana na rua, comer alguma coisa gostosa, comprar um brinco, um colar que fique bom com um vestido ou uma saia de crochê que a menina comprou enquanto o namorado escolhia uma camiseta pintada à mão que fosse bem fresquinha pra ele usar no verão junto com a sandália de couro que já usa há um ano quase todo dia.
A população, incluindo os políticos e os fiscais, reclama que a cidade tem pouca educação, cultura, diversão, tem muito desemprego, violência, fome, corrupção. Baseado nesta informação, está claro para mim e para milhares de pessoas que assinaram nosso abaixo-assinado a favor da nossa feirinha : não é inteligente proibir a feirinha da teodoro. Estamos trabalhando honestamente, pagamos impostos como todos, afinal temos que comprar nossa matéria prima, nossa comida, condução, tudo com altos impostos incluídos. Nunca reclamamos de pagar imposto pelo uso da calçada pra prefeitura. A feirinha já está ali há 15 anos, já está na hora de regulamentá-la, por que todo final de ano a prefeitura cai matando em cima ao invés de resolver logo esta questão? Tirar o artesanato dali, além de estragar um pedaço da cidade, resultará em umas 100 pessoas com filhos pra criar, contas pra pagar, pais pra cuidar, fome pra matar, aluguel vencendo.........Qual a proposta que foi feita para estas pessoas? O que será feito das enumeras habilidades desses artesãos?  Quem irá alimentar o bebê que precisa ir para a escola de barriga cheia?
É muito fácil mandar o capanga dar um fim naquilo que está incomodando sem ter que saber das consequencias (mulecagem). O que os olhos conseguem ver é só a ponta do iceberg, o problema é muito maior do que uma calçada cheia que atrapalha o passeio do cachorrinho. Quer pegar artesanato porque é ilegal, tem que pegar a corrupção das associações (não todas, é claro) que se apropriam do espaço público para organizar feiras e cobram mensalidade dos expositores como se fossem donas das praças. Onde está a planilha de custo? Todos têm que prestar contas. O que estão pensando em fazer com a invasão das porcarias da China no nosso comércio ? como esse monte de cópia de telefone celular, rádio, tênis, mp3 player, cds, enfim, toda essa tralha entra no país? Parece até que as autoridades não querem bater de frente com aquilo que não está aparente. Ou será que falta coragem? Ou honestidade? Só ficam varrendo a "sujeira" para baixo do tapete.


Nós, artesãos, estamos enfrentando um problema sério na R. Teodoro Sampaio, altura no número 1000. Fazemos uma feirinha nesta calçada (já existe há uns 15 anos) e não conseguimos a regulamentação ainda (15 anos). Com toda nossa luta na Câmara Municipal, fizemos um projeto de lei (799/05) para acabar com esses problemas e conseguir uma política pública para o artesanato na cidade. Esse projeto já tramita na Câmara há 5 anos. Agora, o prefeito ou o governador decidiram que a P.M vai fazer o trabalho de fiscal, repreendo o artesanato, a música, o teatro, tudo que for arte e tiver nas calçadas. Tivemos um colega que estava tocando sua guitarra na Av. Paulista e teve seu instrumento apreendido, foi algemado e retirado do local. Gostaria de saber se é constitucional esse convênio, parceria, sei lá como se chama isso, mas a P.M pode fiscalizar o artesanato?
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

...e a P.M continua...


Nesse dia 13 a polícia militar estava de prontidão para impedir que colocássemos nossos trabalhos.
Voltamos a recolher assinaturas com total apoio das pessoas acostumadas a passar pela calçada e ver a Feirinha da Teodoro funcionando.

É só chegar o fim do ano que a prefeitura cai matando em cima dos artesãos. Com ou sem polícia, vamos ficar por aqui mesmo. 

Se não podemos trabalhar, tentamos conscientizar a população da situação em que se encontra a política pública para o artesanato neste cidade. 

Em uma cidade tão cheia de pobreza, desemprego e violência, não é uma atitude muito inteligente proibir uma forma de geração de renda, cultura, arte, diversão, reciclagem, etc. O que o governo não consegue entender é que estamos ajudando a cidade.


 Talvez, se o nível de desemprego fosse ZERO, poderiam se preocupar com artesanato sendo vendido nas calçadas. Existem problemas muito mais sérios para serem resolvidos antes de se preocupar com aparências.
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

P.M no artesanato na Feirinha da Teodoro

http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/pm-mira-feirinha-da-teodoro-sampaio/comment-page-1/#comment-3419
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autorização negada

Infelizmente continua o impasse da autorização. No dia 6 de Novembro não foi permitido que o artesanato ficasse na calçada. A P.M continua fiscalizando a Feirinha da Teodoro e a prefeitura disse que não seria permitido o funcionamento da nossa feirinha. Aguardamos uma reunião que será realizada no dia onze (quinta) para saber se a próxima semana será com ou sem arte na rua.

autorização provisória

No dia 30 de Outubro foi permitido expor na calçada. Nossa visita ao gabinete da vereadora Mara Gabrilli ajudou muito. Foi conversado e conseguido junto à prefeitura uma autorização provisória para que o artesanato ficasse na Feirinha da Teodoro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

manifesto dos artesãos de rua de sp

Nós artesãos e artistas de Rua de SP gostaríamos de colocar através deste documento, alguns fatos, problemas e reivindicações da categoria.
Antes de tudo, de nada adianta se dizer para o artesão que ele poderá pedir dinheiro emprestado, que ele poderá fazer cursos de aperfeicionamento pelo estado, que poderá obter a sua carteira de artesão, como a da SUTACO, se a ele não se permitir o direito mínimo que é o de poder mostrar e vender o seu trabalho.
O artesanato mambembe, que começou através do movimento hippie mais ou menos entre 1950 e 1960, de certa forma “herdeiros” da cultura BEAT, se exerce geralmente ao ar livre, nos espaços públicos, e tudo o que um artesão ou artista de rua quer, é ter um espaço digno, viável, para vender o seu produto, porque profissão ele já tem, independência também.
As nossas reivindicações básicas são:

A aprovação do PL 799/05, com as ruas de arte no art.i.
A criação de um órgão independente para pensar, criar, organizar feiras e ruas de arte, sem que tenhamos mais que ficar reféns de supostos ” donos de feiras”, travestidos de organizadores, presidentes de associações, etc.
A criação do corredor cultural aos domingos na Avenida Paulista, com artesanato, artistas de rua e artistas plásticos.
A autorização da nossa feirinha aos sábados na Rua Teodoro Sampaio, que já atrai milhares de turistas.
O cadastramento dos artesãos de SP para controlar o loteamento dos espaços e a manipulação por parte de algumas pessoas.
Para as novas feiras que forem criadas, prioridade para os artesãos que não fazem nenhuma feira ou uma somente.

Para finalizar, o conceito: Ruas de arte, nada mais é aquilo que já se pratica em varias cidades do mundo, como Porto Belo Road em Londres ou Barcelona.
Uma rua de arte significa ao contrario do que se imagina, organizar aquilo que já existe, tirar o que é ruim e fazer a coisa valer a pena.

ORGANIZAÇÃO SIM!
EXCLUSÃO NÃO!

ARTESÃOS DE RUA

MOVIMENTO CULTURA LIVRE

www.mc-livre.blogspot.com

Vanderlei Prado

defensoria pública

Lá na defensoria as senhas são distribuídas até as nove, a espera é de uma hora e meia, duas horas. Se você chega antes das sete, fica esperando na fila ( já formada desde as cinco ) até abrir o atendimento. Você espera duas horas pra abrir o prédio e o que tiver que esperar até ser atendido, se chegar às sete e meia você espera umas duas horas também.
O advogado que atendeu os artesãos nos encaminhou para o segundo passo.
 Ainda no processo, nada pronto ainda.
Fica na Av. Liberdade bem próximo ao metrô.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

projeto de lei 799/05

Há muito tempo temos problemas com a fiscalização na Teodoro. Uma das ações tomadas por alguns artesãos foi ir até a Câmara Municipal buscar apoio político com os vereadores. Em 2004/2005 formamos um grupo de estudo para fazer um projeto de lei que regulamentasse o artesanato na cidade de São Paulo. Pessoas de todos os lados da questão compareceram por quase um ano para chegar em um consenso. A nossa (artesãos de rua, sem feira regulamentada) proposta era a criação de ruas de arte para poucos expositores e que a decisão de escolha do local fosse da sub-prefeitura. Também gostaríamos que o artesanato fosse cuidado pela Secretaria da Cultura e principalmente que o poder público fosse sempre responsável pelas praças ou ruas onde as feiras de arte ocorrem. O que acontece é que muitas feiras são comandadas por associações que são comandadas por apenas algumas pessoas. Estas associações praticamente pegam a praça para fazer a feira todo sábado, por exemplo,cobram dos expositores taxas mensais alegando gastos com vários serviços contratados pela associação. A maioria das associações não prestam contas, não mostram nenhuma planilha (a associação da feira de sábado da Pça Benedito Calixto não mostrou planilha quando foi exigido) de gastos mensais para os expositores. Isso é ilegal, óbvio.
Sendo assim, queremos que os expositores paguem as taxas diretamente para a prefeitura. O espaço público é público, dever do poder público.
Bom, o projeto ainda está na Câmara.
O link para quem quiser ler o projeto é http://www.camara.sp.gov.br/projintegrapre.asp?fProjetoLei=799/05&sTipoPrj=PL

brigando para trabalhar

Como exigido pela P.M, fomos até a Câmara Municipal buscar apoio político para conseguir uma autorização que nos dê o direito de expor no sábado (dia trinta). Como já temos um projeto de lei (799/05) há cinco anos tramitando lá dentro, já conhecemos algumas pessoas. Fomos ao gabinete da vereadora Mara Gabrilli, Telma nos atendeu com a mesma paciência de sempre, nos orientou e ficamos de ir amanhã (quarta) na defensoria pública tentar  uma liminar que nos autorize. Portanto, no momento não temos nada de concreto. A Feirinha da Teodoro continua no suspense.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Antes e depois

     Antes...

...hoje
No sábado passado, fomos trabalhar e demos de cara com a polícia outra vez, só que agora era a polícia militar. Ficamos sabendo que eles não querem que a gente fique expondo nosso artesanato naquela calçada. Temos uma semana para conseguir autorização da prefeitura para continuar no espaço. Aquela feirinha existe há mais de dez anos no mesmo local e nunca conseguimos autorização. Agora, em apenas sete dias, a P.M exige que isso se resolva. O problema é que a Prefeitura de São Paulo (kassab) pediu para o governo o apoio da polícia militar. Agora eles tem mais uma função: fiscal. Foi tudo feito bem rápido, aprovaram uma lei ou fizeram um decreto dando autorização para a P.M virar rapa. Então, hoje o artesão que produz e depois sai na rua pra vender seu trabalho é obrigado a lidar com a polícia militar. Isto é, arte de rua em São Paulo está proibida.
Durante o ocorrido do sábado passado, fiquei sabendo que um artista estava tocando sua guitarra na calçada da Av. Paulista e foi abordado por policiais militares que confiscaram a guitarra e o amplificador do nosso colega que agora luta para conseguir recuperar o equipamento.
O que passa na cabeça de uma pessoa que proíbe a arte numa cidade tão violenta e pobre como a nossa?
Qual a consequência dessa repressão? Geração de emprego? Só se você almeja uma carreira na polícia militar.